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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

CIDADE DE DEUS

Muito já foi dito e escrito sobre este filme. Não vou chover no molhado. Apenas, uma breve recapitulação. Baseado no livro escrito por Paulo Lins e com roteiro de Bráulio Mantovani, Cidade de Deus foi um divisor de águas no cinema brasileiro da retomada. Fernando Meirelles, egresso da televisão e da publicidade, havia dirigido, até aquele momento, dois bons longas, Menino Maluquinho 2 e Domésticas. Aqui ele revela uma maturidade técnica e narrativa impressionantes. O filme começa na segunda metade dos anos 1960, pouco depois do desmembramento de uma região de Jacarepaguá, onde foi construído um conjunto habitacional que recebeu o nome de Cidade de Deus. Meirelles utilizou moradores da favela, que receberam um treinamento especial conduzido por Fátima Toledo. Ele não queria rostos conhecidos do grande público. A única exceção foi Matheus Nachtergaele. A história se estende por cerca de 15 anos, até o início dos anos 1980. Com uma construção não-linear, acompanhamos sem nunca perder o foco, a trajetória de diversas personagens, em especial, a do jovem Buscapé (Alexandre Rodrigues) e também, claro, a de Dadinho/Zé Pequeno (Douglas Silva/Leandro Firmino). Fora do Brasil, a repercussão foi fenomenal, o que fez com que o filme fosse indicado a quatro Oscar em 2004: melhor direção, roteiro adaptado, fotografia e montagem. Cidade de Deus é, sem dúvida alguma, um dos mais importantes filmes da história do cinema brasileiro. Uma obra-prima criativa, pulsante, influente, arrebatadora, obrigatória e inesquecível.
CIDADE DE DEUS (Brasil 2003). Direção: Fernando Meirelles. Elenco: Alexandre Rodrigues, Daniel Zettel, Douglas Silva, Jonathan Haagensen, Leandro Firmino, Phelipe Haagensen, Roberta Rodrigues e Matheus Nachtergaele. Duração: 130 minutos. Distribuição: Imagem.

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Respostas de 2

  1. Concordo com tudo que escreveste, Marden. E acrescento: foi o primeiro longa brasileiro – até onde lembro – que implacou uma frase no seu público: “Dadinho é o caralho, meu nome é Zé Pequeno”. Depois disso, veio de carona o Capitão Nascimento! Que venham mais e mais, espero eu.

  2. Concordo quando você diz que o trabalho de Meirelles é “Uma obra-prima criativa, pulsante, influente, arrebatadora, obrigatória e inesquecível.”mas também lembro que o filme é “Uma obra-prima criativa, pulsante, influente, arrebatadora, obrigatória e inesquecível.” E também não poderia deixar de acrescentar, dizendo que o filme é “Uma obra-prima criativa, pulsante, influente, arrebatadora, obrigatória e inesquecível.”

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