No início dos anos 1980, um grupo de jovens atores e atrizes despontaram no cenário cinematográfico de Hollywood em filmes de grande sucesso. De Toque de Recolher até Top Gun: Ases Indomáveis, passando por obras como Uma Questão de Classe, Clube dos Cinco, A Garota de Rosa-Shocking e O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas, todos tinham em seu elenco astros e estrelas na casa dos 20 e poucos anos que se tornaram muito populares mundialmente. Um jornalista, David Blum, da New York Magazine, cunhou o termo “Brat Pack”, algo como “bando de pirralhos”, para designar o grupo. Cerca de 40 anos depois, o ator Andrew McCarthy dirige o documentário Brats e reflete sobre o peso desse termo em sua vida profissional e na de seus colegas de profissão. Além de seu próprio depoimento, McCarthy conversa com Emilio Estevez, Demi Moore, Rob Lowe, Ally Sheedy, Lea Thompson e Jon Cryer, além de produtores, diretores e até do próprio Blum para procurar entender se o fato de terem sido marcados por aquela denominação transformou suas vidas em uma benção ou maldição. É essa busca pessoal de McCarthy que acompanhamos aqui. Brats é, antes de tudo, o relato honesto de um artista que volta ao passado à procura de si mesmo. A jornada lhe permitiu também se reconectar com pessoas que passaram pela mesma experiência. Ao final, tanto ele quanto nós saímos transformados.
BRATS (EUA 2024). Direção: Andrew McCarthy. Documentário. Duração: 92 minutos. Distribuição: Hulu.