A primeira aparição do Besouro Azul nos quadrinhos aconteceu em 1939, na revista Mystery Men Comics. Curiosamente os Mystery Men pertenciam à Marvel e mais curioso ainda é que apenas o Besouro foi comprado pela rival DC Comics. Desde então, o herói teve três encarnações: o policial Dan Garret, o milionário Ted Kord e o jovem Jaime Reyes, sua atual identidade secreta. O longa dirigido pelo porto-riquenho Angel Manuel Soto traz Xolo Maridueña, o Miguel de Cobra Kai, no papel-título. Temos aqui um típico “filme de origem” onde vemos a antiga relíquia alienígena biotecnológica conhecida como Escaravelho escolher o rapaz como hospedeiro simbiótico. Isso vai contra os planos de Victoria Kord (Susan Sarandon, no automático), megaempresária que planeja utilizar os poderes do artefato para fins militares. Jaime conta com a ajuda de Jenny Kord (a brasileira Bruna Marquezine), que tem como objetivo preservar o legado de seu pai. Falando em pai, o herói tem o apoio incondicional de sua família. Muito foi alardeado sobre o fator representatividade que Besouro Azul tem em relação às origens latinas do personagem. Ela existe, sim. Mas, infelizmente, é bastante caricatural. Sem contar que o roteiro de Gareth Dunnet-Alcocer não escapa de clichês e revela-se previsível e genérico. A dupla Maridueña/Marquezine tem química em cena e funciona. Mas isso é pouco para um filme que almeja transformar-se em franquia. Em tempo: há duas cenas pós-créditos.
BESOURO AZUL (Blue Beetle – EUA 2023). Direção: Angel Manuel Soto. Elenco: Xolo Maridueña, Bruna Marquezine, Susan Sarandon, Harvey Guillen, Raoul Max Trujillo, Elpidia Carrillo, George Lopez e Adriana Barraza. Duração: 127 minutos. Distribuição: Warner.