Segundo longa-metragem do roteirista e diretor francês Julien Rambaldi, o filme Bem-Vindo à Marly-Gomont se inspira na história real do médico Seyolo Zantoko. O roteiro, escrito pelo próprio diretor junto com Benoît Graffin, foi sugerido por Kamini Zantoko, filho do médico em questão. A ação se passa no ano de 1975. Seyolo (Marc Zinga), recém-formado em Medicina na França, recebe o convite para trabalhar em Marly-Gomont, pequeno vilarejo do interior. Natural do Congo, Seyolo sonha em obter a cidadania francesa e se muda com a família para lá. Nem preciso falar do inevitável choque cultural esperado. É justamente em torno disso que toda a trama se desenvolve. De maneira sutil e bastante orgânica, as barreiras e os preconceitos são enfrentados. Bem-Vindo à Marly-Gomont não é panfletário, mas passa uma necessária mensagem de tolerância e superação de dificuldades. Mesmo passados quase 50 anos dos eventos mostrados no filme são lições que ainda precisam ser aplicadas.
BEM-VINDO À MARLY-GOMONT (Bienvenue à Marly-Gomont – França 2016). Direção: Julien Rambaldi. Elenco: Marc Zinga, Aïssa Maïga, Bayron Lebli, Médina Diarra, Rufus, Jonathan Lambert e Jean-Benoît Ugeux. Duração: 96 minutos. Distribuição: Netflix.
