Filha de pai famoso e talentoso. Massacrada injustamente como atriz por sua participação em O Poderoso Chefão: Parte III. Sofia Coppola só teve uma alternativa: se reinventar. E ela fez isso se revelando uma excelente roteirista e diretora. Francis Ford deve ter ficado muito orgulhoso. As Virgens Suicidas é seu primeiro longa, que ela própria adaptou do livro homônimo escrito por Jeffrey Eugenides. O filme conta a história do casal Lisbon, Ronald (James Woods) e senhora (Kathleen Turner). Eles têm cinco filhas: Lux (Kirsten Dunst), Mary (A.J. Cook), Cecilia (Hanna Hall), Therese (Leslie Hayman) e Bonnie (Chelse Swain). Todas elas dotadas de uma beleza que povoa a mente dos rapazes da rua. O problema é a rígida educação religiosa dos pais. Certo dia, Trip (Josh Harnett), o garoto mais popular da escola, convence Lux e suas irmãs a irem com ele para o baile de formatura do colégio. A partir daí, uma série de acontecimentos provoca uma mudança trágica na vida de todos. Sofia Coppola aborda já nesse primeiro filme o tema do deslocamento, que será recorrente em toda a sua obra. E mostra também que herdou o talento do pai para contar histórias e criar imagens que ficam em nossas mentes e grudam em nossas retinas. Sofia é uma autora completa, no sentido mais amplo da palavra.
AS VIRGENS SUICIDAS (The Virgin Suicides – EUA 1999). Direção: Sofia Coppola. Elenco: James Woods, Kathleen Turner, Kirsten Dunst, Josh Hartnett, Michael Paré, Scott Glenn, Danny DeVito, A.J. Cook, Hanna Hall, Leslie Hayman e Chelse Swain. Duração: 97 minutos. Distribuição: Paramount.
Uma resposta
Difícil sair incólume deste filme. Impossível, creio. Só mesmo um coração de pedra.