O ano de 2023, efetivamente, não foi bom para os filmes de super-heróis. Com raras, ou melhor, raríssimas exceções, eles não conseguiram encontrar aquele público que tanto os prestigiaram no passado. E não seria diferente com a nova aventura do rei de Atlântida. Aquaman 2: O Reino Perdido, de James Wan tem tudo, com o perdão do trocadilho, para “afundar” nas bilheterias. O roteiro escrito por David Leslie Johnson-McGoldrick tem por base uma história criada por Wan e pelo ator Jason Momoa, que vive o atlante. Mas o filme não decola e vai “por água abaixo”. Sinceramente, parece que não há escapatória aqui. Aquaman 2 vem carregado de diálogos pífios que abusam dos clichês mais batidos, além do uso excessivo de CGI, sigla em inglês para imagens geradas por computador. Dessa vez, o herói submarino tem que lidar com a rotina de ser pai, ao mesmo tempo em que precisa cuidar dos assuntos reais e enfrentar outra vez o Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II). O vilão se apossou do mítico Tridente Negro, liberando assim uma força maligna capaz de destruir todo o planeta. O Aquaman original, de 2018, até que era divertido ao injetar muito humor, além da forte presença de Momoa em cena. Essa parte 2 não consegue levar a história adiante. E isso torna o filme monótono, pois não cria empatia alguma com o espectador. Comigo, não criou. Uma pena. O certo é que os estúdios precisam urgentemente repensar seus projetos baseados em heróis dos quadrinhos e investir mais em personagens e histórias consistentes. Isso é possível. Basta seguir o exemplo do recente Godzilla Minus One.
AQUAMAN 2: O REINO PERDIDO (Aquaman and the Lost Kingdom – EUA 2023). Direção: James Wan. Elenco: Jason Mamoa, Patrick Wilson, Yahya Abdul-Mateen II, Amber Heard, Dolph Lundgren, Temuera Morrison, Jani Zhao e Nicole Kidman. Duração: 124 minutos. Distribuição: Warner.
