Por força de contrato, já no seguinte ao filme original, Jim Carrey interpretou mais uma vez o detetive de animais de estimação em Ace Ventura 2: Um Maluco na África. No lugar de Tom Shadyac, diretor do primeiro, entra Steve Oedekerk, que também escreveu o roteiro. Tudo começa com uma paródia à abertura de Risco Total, dirigido em 1993 por Renny Harlin e estrelado por Sylvester Stallone. Aqui, Ace não consegue salvar um guaxinim e isso faz com ele se auto exile com os monges do Himalaia. No entanto, o sumiço de um sagrado morcego branco faz com que ele viaje até o continente africano para recuperá-lo. Uma das frases de divulgação resume com perfeição o que acontece nessa aventura: “As grandes planícies da África, o berço da civilização. Um lugar onde existe um equilíbrio entre a natureza e o homem. Tão antigo, tão sagrado, nenhum homem ousaria perturbá-lo. Ninguém exceto Ace Ventura”. Jim Carrey nunca escondeu que não queria fazer uma continuação. Basta prestar um pouco de atenção para perceber como essa postura do ator reflete nessa parte 2. Se no filme anterior as piadas já eram ofensivas, dessa vez elas atingem um patamar bem mais agressivo. Uma pena, já que boa parte da base de fãs desse peculiar detetive é formada por crianças. Não por acaso, ele voltou depois em uma série animada.
ACE VENTURA 2: UM MALUCO NA ÁFRICA (Ace Ventura: When Nature Calls – EUA 1995). Direção: Steve Oedekerk. Elenco: Jim Carrey, Ian McNeice, Simon Callow, Bob Gunton, Maynard Eziashi, Sophie Okonedo e Adewale Akinnuoye-Agbaje. Duração: 98 minutos. Distribuição: HBO Max.
