FILME DO DIA

E-BOOK

CINEMARDEN VAI AO OSCAR

A PELE QUE HABITO

Antes de tudo, A Pele Que Habito é aquele tipo de filme que se fosse dirigido por qualquer outro diretor, correria o risco de se transformar em algo medonho e sem sentido algum. Quase uma caricatura mal feita e que afundaria na mistura de gêneros proposta pela trama. Pela lente do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, o filme adquire uma dimensão maior, intrigante, única. Baseado no romance Tarântula, do escritor francês Thierry Jonquet, A Pele Que Habito marca a estreia de Almodóvar no suspense e também seu reencontro com o ator Antonio Banderas, 20 anos depois de terem trabalhado juntos em Ata-me. Ele interpreta o dr. Robert Ledgard, um famoso cirurgião plástico, uma espécie de “dr. Frankenstein” moderno. Sua principal pesquisa é a criação de uma nova pele, mais resistente, que poderia ter salvo sua esposa, morta queimada em um acidente de carro. É difícil resumir a história do filme sem estragar suas surpresas. Quanto menos você souber, melhor. Portanto, a prudência alerta: vamos parar por aqui. A Pele Que Habito é, em sua essência, uma trágica história de amor, temperada com humor negro e um pouco de terror e mistério. Almodóvar concebe uma estranha fábula sobre a obsessão de um homem de uma maneira que só ele seria capaz de contar. E nós a “compramos” inteiramente por saber que estamos diante de um autêntico Almodóvar. Ele conseguiu criar um mundo cinematográfico particular, onde tudo é possível, por mais bizarro que possa parecer.
A PELE QUE HABITO (La Piel Que Habito – Espanha 2011). Direção: Pedro Almodóvar. Elenco: Antonio Banderas, Elena Anaya, Marisa Paredes, Jan Cornet, Roberto Álamo, Eduard Fernández, Blanca Suárez, Bárbara Lennie e Jose Luis Gomez. Duração: 120 minutos. Distribuição: Paris Filmes.

COMPARTILHE ESSA POSTAGEM

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

MAIS POSTAGENS

ASSINE E RECEBA NOSSAS ATUALIZAÇÕES