Existem dois “Zs” na história do cinema. Um tem origem grega, trata-se do filme político Z, dirigido por Costa-Gavras no início dos anos 1970. O outro, se inspira na personagem criada pelo repórter policial americano Johnston McCulley, em 1919, na série publicada em cinco partes em uma revista de histórias baratas, A Maldição de Capistrano, que contava as aventuras de um nobre de origem espanhola que lutava pela liberdade da Califórnia na segunda metade do século XIX. O ator Douglas Fairbanks leu a história de McCulley e comprou os direitos para adaptá-la para o cinema e em 1920 foi lançado A Marca do Zorro. Fairbanks sabia que tipo de material tinha nas mãos e magistralmente conseguiu melhorá-lo. Foi idéia dele o uso da máscara e da capa, além de um chicote e uma espécie de caverna secreta que funcionava como esconderijo (o Batman só apareceu 20 anos depois) e, o mais importante de tudo, foi ele também quem criou o famoso “Z”. Depois de inúmeras versões para cinema e televisão, o defensor mascarado, pela primeira vez, é interpretado por um ator espanhol, Antonio Banderas, em A Máscara do Zorro, filme de 1998, produzido por Steven Spielberg e dirigido por Martin Campbell. Tudo começa quando o Zorro original, o nobre espanhol Dom Diego de la Vega (Anthony Hopkins), é desmascarado e preso. Vinte anos depois, ele foge da prisão e encontra um jovem ladrão (Banderas), que é treinado para se transformar no novo libertador da Califórnia. A Máscara do Zorro é um filme de ação como os de antigamente. Não abusa de efeitos especiais, mistura na doses certas aventura, romance, nobreza e humor e diverte plenamente.