O cineasta taiwanês Ang Lee ganhou dois Oscar de melhor direção. Primeiro, por O Segredo de Brokeback Mountain, em 2005. Depois, por As Aventuras de Pi, em 2012. Após uma pausa de quatro anos, ele volta à direção com o drama A Longa Caminhada de Billy Lynn. O roteiro de Jean-Christophe Castelli adapta o romance de Ben Fountain e nos conta a história de Billy Lynn (Joe Alwyn), um jovem de apenas 19 anos que foi lutar no Iraque. A ação se passa nos anos de 2005 e 2008. Lynn e seus colegas de pelotão sobrevivem a um tiroteio. Isso faz com que o presidente Bush os traga de volta aos Estados Unidos para serem homenageados. Lee utilizou câmeras digitais de altíssima resolução e filmou em 120 quadros por segundo. O normal é 24. Isso dá às imagens uma sensação de realismo muito forte. De narrativa lenta e nada regular, A Longa Caminhada de Billy Lynn se sustenta em seu apuro tecnológico. Fracasso de público, custou 40 milhões de dólares e faturou apenas 30 nos cinemas de todo o mundo, teve seu lançamento aqui no Brasil feito diretamente em vídeo. Mas, apesar disso, é um legítimo Ang Lee, um diretor inquieto e que foge dos rótulos que lhe tentam impor.
A LONGA CAMINHADA DE BILLY LYNN (Billy Lynn’s Long Halftime Walk – EUA 2016). Direção: Ang Lee. Elenco: Chris Tucker, Garrett Hedlund, Joe Alwyn, Arturo Castro, Mason Lee, Astro, Kristen Stewart, Vin Diesel e Steve Martin. Duração: 112 minutos. Distribuição: Sony.