Um dos caminhos mais naturais para se tornar diretor de longas é começar na direção de curtas ou escrevendo roteiros. O norte-americano George Nolfi faz parte do segundo grupo. Ele iniciou sua carreira em 2003 como roteirista e em 2011 estreou na direção com Os Agentes do Destino. Depois realizou alguns trabalhos para TV e dirigiu outros longas. A Linha da Redenção, de 2024, é o quarto deles. O roteiro de Kenny Ryan, Jacob Roman e John Glenn parte de uma premissa que lembra um pouco a de Um Lugar Silencioso. A Terra viu surgir de repente criaturas mortais que dizimaram a maioria da população do planeta. Por alguma razão elas não conseguem ultrapassar a exata marca de 2.400 metros de altura. Isso faz com que os humanos sobreviventes passem a morar em áreas montanhosas. Will (Anthony Mackie) precisa de medicamentos para seu filho e isso faz com que se desloque até o hospital abandonado da cidade mais próxima para buscá-los. Duas mulheres o acompanham nessa perigosa jornada, Nina (Morena Baccarin) e Katie (Maddie Hasson). A Linha da Redenção nos situa bem naquela realidade apresentada e isso é fundamental para que “compremos” a história. Nolfi tem aqui um elenco pequeno e uma situação bem delimitada que favorece o ritmo da narrativa e a duração de apenas 90 minutos ajuda bastante. Em tempo: há uma importante cena adicional durante os créditos finais.
A LINHA DA EXTINÇÃO (Elevation – EUA 2024). Direção: George Nolfi. Elenco: Anthony Mackie, Morena Baccarin, Maddie Hasson, Rachel Nicks, Danny Boyd Jr., Shauna Earp e Tyler Grey. Duração: 90 minutos. Distribuição: Paris Filmes.