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A HORA DO MAL

Zach Cregger vem trabalhando em muitas frentes no audiovisual desde 1998. Seja como ator, produtor, roteirista e diretor. Em 2022 ele chamou a atenção com seu terceiro longa, Noites Brutais. Três anos depois, com este A Hora do Mal, Cregger, também autor do roteiro, consolida seu nome como um dos mais criativos do gênero terror de sua geração. A ação acontece em uma pequena cidade do interior onde os alunos da classe da professora Justine Gandy (Julia Garner) simplesmente somem numa madrugada. Das 18 crianças da turma apenas uma, Alex (Cary Christopher), não desaparece. A Hora do Mal tem uma estrutura com múltiplos pontos de vista que aborda a mesma situação a partir da perspectiva de diferentes personagens. Isso faz com que a narrativa ganhe um ritmo de crescente suspense, especialmente a partir da entrada em cena de Archer Graff (Josh Brolin), pai de uma das crianças que sumiu. O bom aqui é que o filme está sempre à nossa frente. Há referências ao clássico O Bebê de Rosemary, de Roman Polanksi, e o próprio Cregger disse ter se inspirado em Magnólia, de Paul Thomas Anderson, para estruturar o roteiro. Mas o que importa mesmo é que se trata de uma obra muito bem construída e com uma sequência final das mais catárticas que já vi em muito tempo. E começar um filme com a música Beware of Darkness, do George Harrison, é sempre um bom sinal.

A HORA DO MAL (Weapons – EUA 2025). Direção: Zach Cregger. Elenco: Josh Brolin, Julia Garner, Alden Ehrenreich, Benedict Wong, Austin Abrams, Toby Huss, Amy Madigan e Cary Christopher. Duração: 128 minutos. Distribuição: Warner.

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