Existe um velho ditado, quer você concorde ou não com ele, que diz que atrás de um grande homem existe sempre uma grande mulher. Essa frase parece ter sido a inspiração da atriz e escritora Meg Wolitzer para escrever seu romance A Esposa, que foi adaptado por Jane Anderson e virou filme sob a direção do sueco Björn Runge, trabalhando aqui pela primeira vez em língua inglesa. O projeto, que levou 14 anos para ser concluído, conta a história do escritor Joe Castleman (Jonathan Pryce), prestes a receber o Prêmio Nobel de Literatura. Ele é casado há 40 anos com Joan (Glenn Close) e exerce um forte controle sobre sua vida e seu talento. Até que ela decide se separar. A partir daí, principalmente em cenas do passado, conhecemos quem é o verdadeiro gênio da família. A Esposa é um filme, digamos assim, acadêmico. O que isso quer dizer? Runge conta bem sua história, porém, não há nada arrojado ou inovador em sua narrativa. O trabalho do elenco é correto, onde, como esperado, se destacam Pryce e Close, que foi indicada ao Oscar de melhor atriz por esse papel. Em tempo: Annie Starke, filha de Glenn Close na realidade, interpreta a mãe quando mais jovem no filme.
A ESPOSA (The Wife – Inglaterra/Suécia/EUA 2017). Direção: Björn Runge. Elenco: Glenn Close, Jonathan Pryce, Max Irons, Christian Slater, Harry Lloyd, Annie Starke, Elizabeth McGovern, Johan Widerberg e Karin Franz Körlof. Duração: 99 minutos. Distribuição: Sony.
