A maior banda de rock do Canadá, o power trio Rush, surgiu em meados de 1968, em Toronto. A formação mais duradoura, desde de 1974, conta com Geddy Lee (baixo e voz), Alex Lifeson (guitarra) e Neil Peart (bateria). O documentário dirigido pela dupla Sam Dunn e Scot McFadyen cobre 42 anos de atividades da banda. É um filme para fãs? Sem dúvida alguma. No entanto, a sinceridade do grupo é cativante. O Rush nunca foi muito popular. O som que eles produzem é bem peculiar e foge do padrão convencional reinante na maioria das emissoras de rádio. Mas isso não impediu que eles conquistassem uma legião fiel de fãs em todo o mundo e influenciassem outros músicos. Temos aqui depoimentos de integrantes do Metallica, Foo Fighters, Smashing Pumpkins, Kiss, Rage Against the Machine, Nine Inch Nails, além do ator Jack Black. Divertido e bem editado, Rush: Beyond the Lighted Stage mostra uma banda que passa a sensação de tocar por amor à música e pelo prazer da amizade entre os três. Tom Sawyer queria uma passagem para Bancoc a fim de pegar a escada de Jacó para subir nas árvores. É o espírito do rádio, mais perto do coração, com livre arbítrio e hemisférios que fazem uma despedida para reis utilizando ondas permanentes. Quem é fã do Rush vai entender o que eu acabei de escrever.
RUSH: BEYOND THE LIGHTED STAGE (Canadá 2010). Direção: Sam Dunn e Scot McFadyen. Documentário. Duração: 107 minutos. Distribuição: Universal Music.
Respostas de 3
“The world is, the world is,
Love and life are deep,
Maybe as his eyes are wide.”
[assistir em alto volume!]
Sou a pessoa mais suspeita para falar desta banda, que faz parte da trilha sonora da minha vida nos últimos 20 anos. Mas consigo, com grande esforço, me distanciar de uma observação contaminada de ser um fã e ainda admirar este ótimo trabalho de Sam Dunn, que já havia mostrado seu valor com dois documentários sobre Metal e um dedicado a Iron Maiden (este com uma rápida passagem na saudosa Pedreira Paulo Leminski).
Aqui, seu trabalho, somado ao meu deslumbre, me levou às lágrimas duas vezes – e todas as vezes que revejo o doc.
In Rush I Trust, Marden!
Banda fantástica. Uma das três que eu escuto o tempo todo. Este documentário é para ser gravado e visto de tempos em tempos.