Friedrich Wilhelm Murnau, mais conhecido como F.W. Murnau, é um dos importantes diretores da história do cinema. Mestre do expressionismo alemão, dirigiu a primeira versão de Nosferatu. Na segunda metade dos anos 1920 ele migrou para Hollywood e realizou Aurora, que François Truffaut considerava “o mais belo filme do mundo”. Com roteiro de Carl Mayer, baseado no conto Viagem a Tilsit, de Hermann Sudermann, Aurora, que no título original tem o complemento de Uma Canção Para Duas Pessoas, é uma obra-prima incontestável. A história gira em torno de um fazendeiro (George O’Brien), que é seduzido por uma mulher da cidade (Margaret Livingston). Ele decide matar a esposa (Janet Gaynor), mas, não consegue. Ela foge e ele a segue para provar seu amor. Murnau utiliza muitas das ideias visuais que havia desenvolvido em seus trabalhos expressionistas. O aparato técnico hollywoodiano se revela perfeito para seus experimentos narrativos. Aurora é um filme plasticamente irretocável e repleto de poesia e imagens que permanecem fortes até hoje. É apontado por muitos estudiosos da Sétima Arte como o melhor filme mudo de todos os tempos. Foi o grande vencedor da primeira festa de entrega do Oscar, em 1929, quando ganhou os prêmios de melhor atriz (Janet Gaynor), fotografia e filme (na categoria “Produção Artística”). Em uma única palavra: obrigatório.