O irlandês Bram Stoker ganhou fama mundial após a publicação, em 1897, de seu romance gótico Drácula. 25 anos depois o alemão F.W. Murnau realizou a disfarçada adaptação cinematográfica Nosferatu e somente quase um século após o lançamento do livro original, em 1992, o cineasta Francis Ford Coppola realizou aquela que muitos consideram a versão definitiva dessa história para o cinema com seu Drácula de Bram Stoker. Mais 23 anos se passaram e o francês Luc Besson nos traz este Drácula: Uma História de Amor Eterno, que ele próprio também escreveu o roteiro, que mistura elementos da obra original com o filme feito por Coppola. Em relação à adaptação de 1992 ele emula o visual, a música e os figurinos. Já em relação ao livro de 1897 temos basicamente tudo o que consta nele, com exceção das sequências no presente da história que ao invés de Londres se passam em Paris e temos um padre (Christoph Waltz) no lugar de Van Helsing. No mais, trata-se da conhecida jornada de Vlad (Caleb Landry Jones), que após perder sua amada Elisabeta e abraçar as trevas tornando-se um poderoso vampiro, reencontra a alma de sua amada em Mina (Zoe Bleu) na capital francesa do final do século XIX. Besson não tem o mesmo apuro visual, técnico e narrativo de Coppola, mas não faz feio. Em essência temos aqui uma história romântica, como o próprio subtítulo antecipa. Afinal, Vlad cruza “oceanos de tempo” em busca de um grande amor perdido. Para muitos algo plenamente justificável. Por mais maquiavélico que ele seja para atingir seu objetivo maior.
DRÁCULA: UMA HISTÓRIA DE AMOR ETERNO (Dracula: A Love Tale – França/Inglaterra 2025). Direção: Luc Besson. Elenco: Caleb Landry Jones, Christoph Waltz, Zoe Bleu, Matilda De Angelis, Ewens Abid, Guillaume De Tonquédec, Ivan Franek e Haymon Maria Buttinger. Duração: 90 minutos. Distribuição: Paris Filmes.







