Papai Noel já fez parte de um outro filme que o colocou no centro de uma trama de ação, Entre Armas e Brinquedos, de 2020, onde ele era vivido por Mel Gibson. Agora, na pele de J.K. Simmons, ele é sequestrado na véspera do Natal e cabe ao seu principal assistente, Cal Drift (Dwayne Johnson), resgatá-lo e com isso, salvar a virada do dia 24 para 25 de dezembro. É o que temos em Operação Natal, dirigido por Jake Kasdan, a partir de um roteiro de Chris Morgan. Para tanto, Cal conta com a ajuda de Jack O’Malley (Chris Evans), um especialista em encontrar pessoas ou qualquer coisa. Desde que receba um pagamento justo pelo serviço. A produção foi bastante tumultuada, o que atrasou sua conclusão e elevou consideravelmente seu custo final, que ficou na casa dos 250 milhões de dólares. O plano inicial era lançá-lo direto no streaming, o que acabou não acontecendo. Operação Natal é aquele tipo de filme que, infelizmente, tem sido o padrão dos grandes estúdios. Gastam muito dinheiro confiando no carisma do astro principal e na “excelência” dos efeitos especiais, mas esquecem de investir naquilo que costuma ser a base de qualquer bom filme: o roteiro. E pensar que Dwayne Johnson recebeu um cachê de 50 milhões por esse papel, além de ter causado um acréscimo de outros 50 milhões no orçamento por causa de seus constantes atrasos para as filmagens. E, na boa, o desempenho dele, inteiro no “piloto automático”, poderia ter sido feito, e talvez até melhor, por qualquer outro ator musculoso e mais barato. Pelo menos o Chris Evans, bastante à vontade, esbanja todo seu carisma e até possui um arco dramático mais bem construído.
OPERAÇÃO NATAL (Red One – EUA 2024). Direção: Jake Kasdan. Elenco: Dwayne Johnson, Chris Evans, Lucy Liu, Kiernan Shipka, Bonnie Hunt, Kristofer Hivju. Wesley Kimmel e J.K. Simmons. Duração: 122 minutos. Distribuição: Warner.
