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IGUAL A TUDO NA VIDA

Em certa medida, é provável que Igual a Tudo na Vida seja o filme mais pessoal de Woody Allen. Explicando melhor, o roteiro, escrito pelo próprio diretor, parte de uma experiência real vivida por ele no início de sua carreira quando o então jovem Allen, recém-casado, recebeu conselhos de um humorista veterano que o ensinou preciosas lições de vida. É mais ou menos o que vemos aqui na rotina de Jerry Falk (Jason Biggs), autor de quadros de humor e aspirante a escritor que vive em Nova York e se apaixona rapidamente por Amanda (Christina Ricci), uma garota, digamos assim, excêntrica e imprevisível. Os primeiros anos do século XXI não foram os melhores para o cineasta. Estava cada vez mais difícil para ele conseguir financiamento em seu país e a recepção que suas obras recebiam tanto da crítica quanto do público não ajudavam também. Igual a Tudo na Vida se apresenta como um filme de transição, ou melhor, uma espécie de ajuste de rumo. O próprio título, que se refere a uma fala ouvida por Jerry, pode valer para o que vemos na tela. Trata-se de uma história típica de Woody Allen. Daquelas que só ele poderia contar. Ou seja, igual a muitas outras que Allen já havia feito. E isso não é demérito algum. Muito pelo contrário. Os ótimos diálogos travados entre Jerry e Dobel (Allen) são impagáveis, assim como a relação entre Jerry e Amanda e a dela com Paula (Stockard Channing), sua mãe. Sem esquecer do esforçado Harvey (Danny DeVito), agente de Jerry.

IGUAL A TUDO NA VIDA (Anything Else – EUA 2003). Direção: Woody Allen. Elenco: Jason Biggs, Christina Ricci, Woody Allen, Danny DeVito, Stockard Channing, KaDee Strickland, William Hill, Erica Leerhsen e Jimmy Fallon. Duração: 108 minutos. Distribuição: Europa Filmes.

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