Filmes que retratam catástrofes, naturais ou não, funcionam como microcosmo de uma sociedade. Em Sobreviventes: Depois do Terremoto, terceiro longa do cineasta sul-coreano Tae-hwa Eom, a cidade de Seul é inteiramente devastada por um poderoso terremoto. Apenas o edifício Hwanggoong de apartamentos fica de pé e seus moradores adotam medidas drásticas de proteção e sobrevivência. O roteiro escrito pelo próprio diretor, junto com Lee Shin-ji e Kim Soong-nyung, tem por base uma webcomic criada por este último. A trama faz daquele prédio, daquela “utopia de concreto”, um reflexo do melhor e do pior em um ser humano ao confrontar situações extremas. A história se concentra em um triângulo formado por Young-Tak (Lee Byung-Hun) que assume a função de “emissário”, uma espécie de líder, e o casal Min-Sung (Seo-Joon Park) e Myeong-Hwa (Bo-Young Park). Esse trio resume muito bem diferentes facetas humanas. Além do ótimo drama que se estabelece em cena, os eficientes efeitos especiais enriquecem ainda mais a narrativa. Em tempo: Sobreviventes foi o representante da Coréia do Sul na disputa por uma indicação ao Oscar 2024 de melhor filme internacional, mas não ficou entre os pré-selecionados.
SOBREVIVENTES: DEPOIS DO TERREMOTO (Konkeuriteu Yutopia – Coréia do Sul 2023). Direção: Tae-hwa Eom. Elenco: Lee Byung-Hun, Bo-Young Park, Seo-Joon Park, Sun-Young Kim, Ji-ho Park e Do-Yoon Kim. Duração: 130 minutos. Distribuição: Paris Filmes.







