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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

ENEIDA

A curitibana Heloísa Passos trabalha com audiovisual há mais de três décadas. A maior parte de seus trabalhos é como diretora de fotografia. No entanto, além disso, ela já trabalhou como assistente de direção e diretora de alguns curtas e dois longas. Esses últimos são bastante pessoais. O primeiro deles, Construindo Pontes, de 2017, trata da reaproximação da diretora com seu pai, Álvaro. E o segundo, Eneida, de 2021, aborda a tentativa de sua mãe em reencontrar a filha mais velha, com quem está rompida há mais de 20 anos. Heloísa acompanha e ajuda nessa busca de uma mulher que aos 83 anos tenta reatar a relação com sua primogênita. Diferente do trabalho anterior, que viajava ao passado do pai engenheiro para tentar entender e assim construir uma reconexão, aqui o foco se coloca no presente que envolve um trabalho de investigação detetivesca com vistas a uma expectativa de sucesso futuro. É emocionante perceber a maneira como a diretora e a personagem-título se abrem diante da câmara para nos levar juntos na jornada que ambas decidem empreender. Documentários em primeira pessoa, ou melhor, em primeiras pessoas, como é o caso de Eneida, costumam gerar em nós, espectadores, uma empatia instantânea. E quando é feito com sinceridade, sensibilidade e um amor filial incondicional e incontestável, como nessa tocante obra de Heloísa Passos, não tem como não se emocionar.

ENEIDA (Brasil 2021). Direção: Heloísa Passos. Documentário. Duração: 80 minutos. Distribuição: Máquina Filmes.

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