Em Hollywood, sempre que algum filme faz muito sucesso é inevitável que tenha uma continuação. Se for uma trilogia então, melhor ainda. Matrix, dirigido em 1999 pelas irmãs Lana e Lilly Wachowski, fez bonito nas bilheterias e gerou uma enorme expectativa para potenciais sequências. E quatro anos depois tivemos uma overdose desse futuro distópico que misturava filosofia e kung fu em uma intensa luta entre homens e máquinas. A “Operação Matrix” lançada naquele ano visava dominar o mundo em muitas frentes: videogames, animes, quadrinhos e dois filmes: este Matrix Reloaded, lançado em maio, e Matrix Revolutions, que chegou aos cinemas em novembro. O roteiro, escrito pelas irmãs diretoras, dá continuidade aos eventos mostrados na obra original. Neo (Keanu Reeves), ao lado de Trinity (Carrie-Anne Moss) e Morpheus (Laurence Fishburne) precisa evitar um ataque ao refúgio de Zion, ao mesmo tempo em que deve encontrar o Chaveiro (Randall Duk Kim), que possui todas as chaves da matrix. Só que ele é prisioneiro de Merovingian (Lambert Wilson) e Persephone (Monica Bellucci). É muita coisa para harmonizar, eu sei. E isso, infelizmente, costuma ocorrer em diversas continuações que contam com um orçamento bem mais generoso, tipo “mais e melhor”. O problema é que nem sempre essa máxima funciona. Como é o caso aqui. Apesar de ser visível esse ganho de produção, o resultado não se iguala ao primeiro filme. Mesmo contando com duas cenas de grande impacto (a luta de Neo contra os Smiths e a perseguição na autopista), Matrix Reloaded prova que o bom e velho “menos é mais” continua valendo.
MATRIX RELOADED (The Matrix Reloaded – EUA 2003). Direção: Lana e Lilly Wachowski. Elenco: Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carrie-Anne Moss, Hugo Weaving, Lambert Wilson, Monica Bellucci, Harold Perrineau, Jada Pinkett Smith, Harry Lennix e Randall Duk Kim. Duração: 138 minutos. Distribuição: Warner.
