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AS AMIGAS

Quarto longa-metragem do cineasta italiano Michelangelo Antonioni, As Amigas, sem exagero algum, pode ser considerada a obra que o projetou mundialmente. O roteiro, escrito pelo próprio diretor junto com Suso Cecchi D’Amico, se baseia no romance Tra Donne Sole, de Cesare Pavese. A trama gira em torno de Clélia (Eleonora Rossi Drago), que retorna à sua cidade natal para abrir um negócio no ramo da moda. Tudo começa com a tentativa de suicídio de Rosetta (Madeleine Fisher) e, a partir daí, acompanhamos a rotina delas e de outras duas amigas, Nene (Valentina Cortese) e Momina (Yvonne Furneaux). Em maior ou menor grau, todas elas enfrentam problemas amorosos e profissionais em suas vidas. E a câmera de Antonioni, sempre elegante, segue as personagens de maneira ágil e contínua passeando pelos cenários e acrescentando novas camadas, em especial, ao apresentar os homens que rodeiam aquelas mulheres. E a elegância não se restringe aos movimentos de câmera. Os figurinos de Enzo Bulgarelli são um capítulo à parte e vão além da beleza das atrizes que os vestem. A impressão que tive é que Antonioni quis rivalizar com Luchino Visconti, que no ano anterior havia lançado Sedução da Carne. Talvez eu esteja delirando um pouco. Será?

AS AMIGAS (Le Amiche – Itália 1955). Direção: Michelangelo Antonioni. Elenco: Eleonora Rossi Drago, Valentina Cortese, Yvonne Furneaux, Madeleine Fisher, Gabriele Ferzetti, Franco Fabrizi, Maria Gambarelli e Ettore Manni. Duração: 104 minutos. Distribuição: Versátil.

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