Nos últimos 30 anos, cada década teve sua icônica comédia adolescente de iniciação sexual. Porky’s, nos anos 1980, e American Pie, nos anos 1990, são apenas dois exemplos. A diferença entre elas e Superbad – É Hoje diz respeito a alguns fatores que não costumam ser explorados em comédias desse tipo. Tudo bem que os três amigos em questão – Seth (Johan Hill), Evan (Michael Cera) e Fogell (Christopher Mintz-Plasse) – só pensem em uma coisa: encher a cara e perder a virgindade. Isso é o que essas comédias têm em comum. Porém, Superbad vai além dessa dobradinha. Com roteiro semi-autobiográfico escrito por Seth Rogen e Evan Goldberg, daí o nome da dupla principal, o filme discute nas entrelinhas um momento delicado na vida de qualquer adolescente: a passagem para a vida adulta. No caso, representada pelo fim do colegial e expectativa de entrada na universidade. Além disso, existe uma questão mais delicada ainda que é abordada com muito amor, carinho, sutileza e sensibilidade: a separação de dois amigos de infância que se adoram e se completam. Superbad, na superfície, pode ser visto como mais um filme para “garotos”, cheio de palavrões e grosserias sexistas. Uma análise mais profunda revelará bem mais que isso. Do excelente clipe de abertura; passando pelas bem sacadas referências cinematográficas e diálogos afiados; contando com um elenco entrosado, uma direção ágil, uma trilha sonora precisa e seqüência de créditos finais imperdível. Tudo funciona em Superbad. E de quebra, uma dupla impagável de policiais, além do grande e incomparável McLovin, um havaiano de 25 anos doador de órgãos. Para chorar de rir.
SUPERBAD – É HOJE (Superbad – EUA 2007). Direção: Greg Mottola. Elenco: Jonah Hill, Michael Cera, Seth Rogen, Bill Hader, Kevin Corrigan, Joe Lo Truglio, Martha MacIsaac, Emma Stone, Clement Blake e Christopher Mintz-Plasse. Duração: 118 minutos. Distribuição: Sony.
Respostas de 4
agora só falta recomendar “o virgem de 40 anos”! 🙂
Tem gosto pra tudo filhota… Eu gostei do filme Superbad. Mas, tipo filme da tarde, só uma vez.
nahhhhh, “superbad” é um clássico dessa geração, não me canso de assistir, as piadas não perdem graça! mesma coisa com “o virgem…”
Tudo bem… também legal.