E-BOOK

CINEMARDEN VAI AO OSCAR

DIÁRIO DE UMA PAIXÃO

“Algumas pessoas querem encher o mundo de canções bobas de amor. O que há de errado nisso?”, pergunta Paul McCartney em Silly Love Songs. O diretor Nick Cassavetes faz uma pergunta semelhante em Diário de Uma Paixão. Antes de mais nada, devo dizer: você já viu essa história antes. O amor de verão que surge entre um garoto pobre e uma garota rica. Mas o filme de Cassavetes vai bem além desse clima de quase “Romeu e Julieta”. Aqui temos duas histórias que seguem em paralelo. A de um casal de velhos, vividos pelos veteranos James Garner e Gena Rowlands (mãe do diretor na vida real) e do jovem casal apaixonado Noah (Ryan Gosling) e Allie (Rachel McAdams), dois talentosos atores da nova geração. Outra decisão acertada de Cassavetes foi assumir seu filme como um melodrama. Impossível não se envolver com as duas narrativas e se emocionar com elas. Paixão, carinho e amor estão sempre em cena. Seja na maneira delicada que mostra a personagem de Garner lendo o diário do título diariamente para a personagem de Rowlands, que sofre de Mal de Alzheimer. Seja na história de amor do jovem casal, que acontece nos anos de 1940. O filme destaca também que o ingrediente mais forte para manter uma relação de amor é a memória. Preste atenção na química dos dois casais e nos clichês assumidamente românticos. Diário de Uma Paixão até faz pensar, porém, seu intento maior é contar mais uma boba história de amor, como a música do ex-Beatle. O que há de errado nisso? Em tempo: Nick Cassavetes é filho do diretor-ator-roteirista John Cassavetes (ele fez o marido de Mia Farrow em O Bebê de Rosemary, falecido prematuramente em 1989 e ícone do cinema independente americano.
DIÁRIO DE UMA PAIXÃO (The Notebook – EUA 2004). Direção: Nick Cassavetes. Elenco: Ryan Gosling, Rachel McAdams, Sam Shepard, Joan Allen, Tim Ivey, Starletta DuPois, James Garner, Gena Rowlands, e Ed Grady. Duração: 123 minutos. Distribuição: PlayArte.

COMPARTILHE ESSA POSTAGEM

Respostas de 3

  1. Maravilha de pergunta: “O que há de errado nisso?”. Em tempos onde por vezes a tecnologia se põe à frente de um roteiro, The Notebook torna-se um doce afago. A silly love movie. Whicked!

  2. Não é o tipo de filme que eu pegaria pra assistir, mas depois de ler essa critica deu vontade de conferir… é isso aí, uma boa opinião é capaz de despertar interesse e curiosidade… bom findi!

    JOPZ

  3. OPAZ, estava zapeando e peguei quase no começo pelo canal TNT… é intenso e comovente… achei a trilha sonora exagerada, mas o roteiro apesar de previsivel consegue manter uma boa expectativa… agradeço a boa dika.

    JOPZ

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

MAIS POSTAGENS

ASSINE E RECEBA NOSSAS ATUALIZAÇÕES