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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

O TROCO

Existe uma máxima entre assassinos profissionais que diz: “quando se mata alguém, é bom ter certeza que ele morreu mesmo”. Essa regra não foi seguida em O Troco. Estréia na direção do roteirista Brian Helgeland, O Troco é uma refilmagem de À Queima-Roupa (Point Blank), dirigido em 1967 por John Boorman e estrelado por Lee Marvin, no papel de Porter. Nesta nova versão, Mel Gibson vive a personagem principal. A trama é bem simples. Dois amigos, Val Resnick e Porter, roubam 140 mil dólares de coletores da máfia chinesa. O dinheiro seria dividido por dois, ou seja, 70 mil para cada um. Val Resnick (Gregg Henry) trai o parceiro (junto com a mulher dele), o mata e fica com a grana toda. Só que as coisas nem sempre acontecem como planejado. Porter, dado como morto, sobrevive. Tudo que ele quer agora é se vingar e recuperar a sua parte no trato. Para isso, terá que enfrentar o ex-amigo, a máfia chinesa, gângsters e policiais corruptos. Gibson, bem à vontade no papel, exala carisma em sua interpretação. Desde o início torcemos por ele. E Helgeland, em que pese ser seu primeiro trabalho como diretor, revela ritmo e segurança na composição das cenas e, de quebra, realiza uma bela homenagem aos filmes noir. O Troco não é uma obra-prima, e nem tenta ser. Seu objetivo é bem diferente e ele cumpre o que promete. O resto, é puro “raba, raba, raba”.
O TROCO (Payback – EUA 1999). Direção: Brian Helgeland. Elenco: Mel Gibson, Gregg Henry, Maria Bello, David Paymer, Lucy Liu, Bill Duke, Deborah Kara Unger, John Glover, William Devane e Kris Kristofferson. Duração: 100 minutos. Distribuição: Warner.

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Respostas de 6

  1. A sequencia de abertura é extraordinária. Um lento tirar balas do corpo do protagonista que resume toda a violência anterior e porvir. O que se ouve, nesta abertura, é basicamente o som metálico das balas afundando em um copo [de uísque, pelo que lembro].

  2. Tem um charme que falta nos filmes policiais atuais. Último filme de Gibson antes de se “aposentar” como galã – e se envolver em enrascadas verbais e alcoólicas. Vale também pela pré-Pantera Lucy Liu e sua chibata sussurrante.

  3. eu ADOOOOORO esse filme, gente. já vi umas mil vezes. esse é o personagem do Mel Gibson que eu mais gosto! divertidíssimo! adorei que você falou desse filme! adoro todas as partes em que as pessoas oferecem mais dinheiro para o Porter e ele vira os olhos, de saco cheio, e explica que não quer mais dinheiro, quer X valor, que é a quantia que roubaram dele. é ótimo!

    beijo, Marden!

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