É comum ouvirmos dizer que Hayao Miyazaki é o Walt Disney japonês. Trata-se de uma comparação parcialmente correta e que não agrada a Miyazaki. Dono dos Estúdios Ghibli, que é sócio da Disney em diversos projetos, Miyazaki é seguramente um dos maiores mestres da animação mundial e um dos poucos que não utiliza computação gráfica em seus desenhos. Dentre os muitos trabalhos que realizou, A Viagem de Chihiro talvez seja seu desenho mais popular. Chihiro é uma menina mimada e medrosa de 10 anos cuja família está de mudança. Nas proximidades do novo bairro onde irão morar eles encontram um parque de diversões abandonado. O lugar é a porta de entrada para um mundo encantado, habitado por seres fantásticos, onde Chihiro fica presa. Para salvar seus pais e voltar ao nosso mundo, ela enfrentará desafios que testarão sua determinação, humildade e coragem. O estilo e a narrativa de Miyazaki podem, num primeiro momento, assustar um pouco aqueles que estão acostumados com o padrão ocidental de animação. A Viagem de Chihiro, assim como os outros trabalhos dirigidos por Miyazaki, exige um jeito diferente de olhar, ver e perceber a riqueza de cores e movimentos que farão dessa experiência algo fascinante. O filme foi premiado em 2002 com o Urso de Ouro do Festival de Cinema de Berlim e com o Oscar de melhor longa-metragem de animação.
A VIAGEM DE CHIHIRO (Sen To Chihiro No Kamikakushi – Japão 2001). Direção: Hayao Miyazaki. Animação. Duração: 125 minutos. Distribuição: Europa.
Uma resposta
A Viagem de Chihiro me causou o mesmo fascínio que tive ao assistir O Mágico e As Bicicletas de Belleville, de Sylvain Chome. Animações em um glorioso 2D!