A Princesa Prometida só não é um conto de fadas porque não existem fadas nessa história. Bem, existem algumas “fadas”, mas elas não são do jeito que estamos acostumados a ver em outros filmes e/ou histórias. Antes de tudo, trata-se de um belo exemplo de resgate da boa e velha tradição oral. Temos duas tramas que correm em paralelo: uma que dá conta da relação de um avô com seu neto e outra que fala de uma princesa, um pirata, um príncipe malvado e um trio atrapalhado. A ligação entre as duas tramas se faz pela narrativa do avô, vivido pelo eterno Columbo Peter Falk. Seu neto está adoentado e ele, para passar o tempo, começa a contar uma história para ele. No começo, o neto acha chato de ouvir, depois, aos poucos, se envolve cada vez mais com tudo, assim como nós que estamos assistindo ao filme. Contribuem para isso uma feliz combinação: o roteiro inspirado de William Goldman; a direção criativa de Rob Reiner e um elenco afinadíssimo, onde todos se destacam e de quebra, traz Robin Wright mais bela do que nunca em seu primeiro trabalho no cinema. A Princesa Prometida é uma fábula mágica e envolvente que merece ser descoberta.
A PRINCESA PROMETIDA (The Princess Bride – EUA 1987). Direção: Rob Reiner. Elenco: Cary Elwes, Robin Wright, Billy Crystal, Carol Kane, Chris Sarandon, Christopher Guest, Fred Savage, Mandy Patinkin, Peter Cook, Peter Falk e Wallace Shawn. Duração: 98 minutos. Distribuição: NBO Editora.