“Remember, remember, the fifth of November“. Essa frase diz respeito a um fato ocorrido na Inglaterra no dia 05 de Novembro de 1605, quando Guy Fawkes foi capturado tentando explodir a Casa do Parlamento. Essa história é contada no início do filme V de Vingança, baseado na minissérie escrita por Alan Moore e desenhada por David Lloyd. Com roteiro adaptado e produção dos Irmãos Wachowski, os mesmos da trilogia Matrix. O filme, assim como a HQ, acontece em um futuro próximo, em uma Inglaterra totalitária, onde uma figura misteriosa usando uma máscara de Guy Fawkes e que atende pelo nome de V decide concluir o trabalho que não foi feito no início do Século XVII. Quem acompanha quadrinhos sabe dos atritos constantes entre Alan Moore e os cineastas que adaptam suas obras para o cinema. Ele costuma dizer que nenhuma delas é boa o suficiente ou digna do material original. V de Vingança, o filme, é uma exceção. Alguns fãs mais radicais disseram que o foco da narrativa foi tirado de V (Hugo Weaving) e direcionado para a personagem de Evey (Natalie Portman). É verdade que o filme tomou algumas liberdades, porém, elas funcionam a favor da história e preenchem lacunas que existiam na HQ. O diretor estreante James TcTeigue, que antes havia trabalhado como assistente de direção dos Wachowski na série Matrix, revela segurança na condução de um filme repleto de boas idéias e de muito carisma.
V DE VINGANÇA (V for Vendetta – EUA 2006). Direção: James McTeigue. Elenco: Natalie Portman, Hugo Weaving, Stephen Fry, Stephen Rea, John Hurt, Natasha Wightman, Roger Allam, Rupert Graves, Ben Miles, Sinéad Cusack e Tim Pigott-Smith. Duração: 132 minutos. Distribuição: Warner.
Respostas de 5
Gosto muito do filme, possivelmente mais até do que dos quadrinhos. Natalie Portman está excelente.
Alan Moore exagera um pouco na aversão às adaptações. Este “V de Vigança” respeita sobremaneira o HQ original… e ainda se vinga como um filmaço!
Normalmente deixo para mim mesmo observações sobre adaptações cinematográficas originadas de qualquer fonte, procurando analisar o filme (ou qualquer outra obra) dentro de sua própria estrutura, de forma estanque. Isso por já ter tido “decepções demais” em outros momentos. É um GRNADE exercício entender uma obra por si mesma (há excessões, claro, com obras que se pretendem ser “multimeios”, mas isso rende outros parágrafos). E talvez por conta disso ainda não li “V de Vingança”, talvez simplesmente por adorar demais a película. Não há um 15 de novembro dos últimos 6 anos que não tenha lembrado do filme.
Acho incrível a linguagem utilizada neste filme. Mesmo com as liberdades tomadas o desenrrolar da trama torna-se incrivel. Todos queremos estar juntos na vingança orquestrada por V.
Sou fã tanto do filme quanto dos quadrinhos, as duas obras são imperdíveis e vale ler e reler, assistir e ver de novo.
JOPZ