O diretor Duncan Jones, filho do camaleão do rock David Bowie, já havia demonstrado talento logo no seu filme de estreia, Lunar. Agora, neste segundo trabalho, Contra o Tempo, ele prova que não era apenas um principiante de sorte. O filme lida com um tema muito caro à ficção-científica e que costuma povoar o inconsciente coletivo do público: a viagem no tempo. No caso de Contra o Tempo, a trama gira em torno de um experimento do governo americano chamado “Código Fonte” (daí o título original), que permite que alguém assuma a identidade de uma outra pessoa nos seus últimos oito minutos de vida. É isso que faz o piloto de helicóptero do exército dos Estados Unidos Colter Stevens (Jake Gyllenhaal). Ele volta no tempo e acorda no corpo do professor Sean Fentress, que está dentro de um trem, a caminho de Chicago, na companhia de Christina Warren (Michelle Monaghan). Sua missão é simples: em oito minutos ele precisa descobrir onde está colocada uma bomba, para, a partir daí, descobrir quem a colocou. O roteiro, escrito pelo estreante Ben Ripley, se concentra basicamente dentro de um dos vagões do trem e vai e volta no tempo diversas vezes, sempre refazendo os últimos oito minutos antes da explosão. Um diretor menos talentoso poderia se perder nesse verdadeiro labirinto temporal. Jones utiliza essas idas e vindas a favor do filme e consegue pontuar perfeitamente cada recomeço sem que nós, espectadores, percamos o fio narrativo. Enxuto, inteligente, direto e cheio de boas surpresas, Contra o Tempo é diversão garantida.
CONTRA O TEMPO (Source Code – EUA 2011). Direção: Duncan Jones. Elenco: Jake Gyllenhaal, Michelle Monaghan, Vera Farmiga, Jeffrey Wright, Michael Arden e Cas Anvar. Duração: 93 minutos. Distribuição: Imagem.
Respostas de 6
Diversão da melhor qualidade… em um looping de 8minutos constantes!
UEBAS, ótima dika, quero conferir.
JOPZ
Este filme é bom demais! Excelente! Infelizmente a tv aberta vai envelhecê-lo e em dois anos estará passando na sessão corujão. Vale assistí-lo com os olhos do entretenimento e deixar-se levar pela emoção da história. O melhor de três mundos: efeitos especias, ação e dramaturgia! Uma jóia rara! Cara, não consigo parar de falar bem deste filme! Fico feliz de tê-lo visto em tela grande! Assistam! Assistam! Assistam!
Faltam filmes de ficção inteligentes assim no cinema. O filme nos dá base científicas para o que está acontecendo. Mas, se você disser que não gostou porque é o cenário é impossível, você é apenas um físico, e não um apreciador de cinema. O cenário é direto, não te dá distrações, sendo possível você sacar qual a situação de Colter sem muito esforço. Também é um filme de romance, além de mexer com o brio patriota do personagem, que é questionado se não valeria a pena morrer incontáveis vezes pelo seu país. O ponto negativo fica mais uma vez pela trilha sonora de Chris Bacon, que não te passa a emoção que o filme precisa. Acho também que o filme deveria ter terminado cinco minutos antes. Seria mais poético, mas também minaria as chances desse virar série de TV. Minha crítica completa em http://wp.me/p1Yz30-1i
Quero conferir; se o Douglas e o Glauber expressivamente recomendam é porque há diversão garantida triplamente. Obrigada, Marden.
Cheguei até aqui e estacionei automáticamente.Excelente teu blog. Grande abraço.