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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

O BAILE

Imagine um filme que cobre 50 anos de história. Nada demais, certo? Muitos já cobriram igual ou maior período. Bem, além desse período de tempo, o filme não tem diálogo algum, só música e dança. E mais, o cenário e o elenco são sempre os mesmos, só muda o figurino. Com essas características singulares, só existe um filme: O Baile, que o italiano Ettore Scola dirigiu em 1983. A partir de um longo flashback, percorremos cinco décadas de nossa história, dos anos 1930 até os anos 1980. O salão onde as personagens dançam se localiza na França e ao longo dessa trama singular presenciamos a ocupação nazista no país; a Segunda Guerra Mundial; a chegada dos aliados; as big bands; o rock’n’roll e os movimentos estudantis de protesto. Scola, junto com os roteiristas Ruggero Maccari e Furio Scarpelli, adaptou para o cinema um espetáculo criado e montado por Jean-Claude Penchenat em Paris, no Théatre du Campagnol, onde cerca de 25 atores interpretam quase 150 personagens que dançam em um salão. Classificado como um musical, O Baile se encaixa melhor na categoria de filme experimental. Apesar de sua origem teatral, o filme é recheado de referências e ritmo cinematográficos. A trilha sonora composta por Vladimir Cosma é o complemento perfeito para nos conduzir por esse passeio no tempo. Indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, O Baile ganhou três César (filme, diretor e música) e o Urso de Prata no Festival de Berlim.
O BAILE (Le Bal – França/Itália/Argélia 1983). Direção: Ettore Scola. Elenco: Étienne Guichard, Régis Bouquet, Francesco De Rosa, Arnault LeCarpentier, Liliane Delval, Martine Chauvin, Danielle Rochard, Nani Noël, Aziz Arbia e Marc Berman. Duração: 110 minutos. Distribuição: Platina.

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