Em 1987, a franquia James Bond completou 25 anos nos cinemas e chegou ao seu décimo quinto filme, 007 Marcado Para a Morte. A nova aventura, dirigida por John Glen, marcou também a entrada de um novo ator, o galês Timothy Dalton, na pele do agente secreto de sua majestade. Ele vinha sendo sondado pelos produtores desde o final dos anos 1960. Depois de outros três terem vestido o hoje clássico Conduit Cut, traje atemporal e elegante do herói, que se caracteriza por um corte impecável de silhueta esguia e detalhes refinados, Dalton imprimiu um novo estilo ao personagem imortal criado por Ian Fleming. O roteiro da dupla Michael G. Wilson e Richard Maibaum leva 007 até a Cortina de Ferro onde ele resgata Georgi Koskov (Jeroen Krabbé), general soviético dissidente. O inesperado acontece e o general é recapturado, o que faz com que Bond inicie uma nova missão para resgatar Koskov outra vez. No caminho ele conhece Kara Milovy (Maryam d’Abo) e descobre uma trama envolvendo um grande comerciante de armas, Brad Whitaker (Joe Don Baker). De mesma forma que ocorreu em Com 007 Viva e Deixe Morrer, primeiro filme com um novo ator interpretando James Bond, os produtores exigiram que a estreia de Dalton também contasse com ação contínua. Até aí, tudo bem, o filme oferece boas sequências de ação. O que chamou a atenção dos fãs foi a presença de uma única Bond girl e o comportamento, digamos assim, cauteloso do agente em relação a ela. Afinal, em tempos de AIDS, 007 pode ter licença para matar, mas não quis correr o risco de morrer em decorrência da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida.
007 MARCADO PARA A MORTE (The Living Daylights – Inglaterra 1987). Direção: John Glen. Elenco: Timothy Dalton, Maryam d’Abo, Jeroen Krabbé, Joe Don Baker, John Rhys-Davies, Art Malik, Andreas Wisniewski, Robert Brown e Desmond Llewelyn. Duração: 130 minutos. Distribuição: Warner/Amazon MGM.
