O agente secreto James Bond, criado pelo escritor Ian Fleming, surgiu pela primeira vez no romance Cassino Royale, publicado em 1953. Um ano depois, o livro foi adaptado para a TV britânica. Porém, foi somente a partir de 1962, com o lançamento de O Satânico Dr. No, que o mundo se acostumou a seguir as aventuras de 007 nos cinemas. Ao longo das décadas seguintes, diferentes atores deram vida ao agente. Em 2006, era chegada a hora de apresentar um novo Bond. Os produtores decidiram promover uma mudança bem radical na postura do herói. Para marcar este novo começo, que tal voltar às origens? Com direção do inglês Martin Campbell, 007 Cassino Royale é o resultado desta decisão. Campbell havia dirigido 007 Contra GoldenEye, de 1995. E volta aqui para apresentar Daniel Craig no papel principal. O roteiro, escrito por Neal Purvis, Robert Wade e Paul Haggins, procura repaginar Bond para uma nova geração, sem esquecer os elementos que o tornaram famoso para as gerações anteriores. O filme começa com o agente obtendo sua licença para matar, ou seja, o “00” antes do número 7. Em Cassino Royale, ele enfrenta Le Chiffre (Mads Mikkelsen), um financiador de terroristas que, para recuperar o dinheiro perdido em ações mal sucedidas, participa de um jogo de pôquer. Bond, com a ajuda de Vesper Lynd (Eva Green), também entra na mesa de jogo. É curioso observar que Bond, grande influência na criação dos agentes Jason Bourne e Jack Bauer, se inspire agora neles. O Bond de Daniel Craig é vigoroso, intenso e mais físico que os anteriores. Cassino Royale tem uma das mais insanas seqüências de abertura de toda a franquia e, vai, aos poucos, restabelecendo o agente e toda sua mitologia para estes novos tempos. Em se tratando de 007, isso não é pouco.
007 – CASSINO ROYALE (Casino Royale – Inglaterra 2006). Direção: Martin Campbell. Elenco: Daniel Craig, Mads Mikkelsen, Eva Green, Jeffrey Wright e Judi Dench. Duração: 154 minutos. Distribuição: Sony.
