“Hoje é um bom dia para morrer”. Essa frase é dita por Nelson Wright (Kiefer Sutherland) no início de Linha Mortal, drama com pitadas de suspense e terror dirigido em 1990 por Joel Schumacher. O roteiro de Peter Filardi nos apresenta um grupo de estudantes de Medicina que faz experiências pós vida a partir de uma morte clínica provocada. Cada componente tenta ficar no outro lado o maior tempo possível. No entanto, o inesperado, como sempre, acontece e traz certas consequências que mudam a rotina dos envolvidos. Cada um deles possui uma razão para participar do experimento e, por conta disso, reagem de acordo com seus históricos pessoais. Schumacher, que antes de virar cineasta trabalhou como designer, revela um elaborado apuro visual nas imagens que projeta. Algo que funciona muito bem dentro do espírito da trama que ele nos conta aqui. Linha Mortal foi lançado cinco meses após a estreia de Uma Linda Mulher, filme que consolidou o status de estrela de Julia Roberts, que vive a Dra. Rachel Mannus. Isso atraiu um público adicional para Linha Mortal, que se favoreceu do sucesso do trabalho anterior de Roberts. Em tempo: Em 2017, o dinamarquês Niels Arden Oplev dirigiu em Hollywood uma refilmagem batizada no Brasil com o título de Além da Morte. Porém, não obteve o mesmo sucesso e repercussão do original.

LINHA MORTAL (Flatliners – EUA 1990). Direção: Joel Schumacher. Elenco: Kiefer Sutherland, Julia Roberts, Kevin Bacon, William Baldwin, Oliver Platt e Hope Davis. Duração: 115 minutos. Distribuição: Columbia.