“Heaven, I’m in Heaven, and my heart beats so that I can hardly speak. And I seem to find the happiness I seek, when we’re out together dancing, cheek to cheek”. Mesmo que você não entenda os versos em inglês da música, é quase impossível não cantarolar e esboçar um sorriso meio bobo e apaixonado quando ouvimos Fred Astaire cantando Cheek to Cheek para Ginger Rogers, no musical O Picolino. Dirigido por Mark Sandrich, o filme conta a história de um bailarino, Jerry Travers (Astaire), que está trabalhando em Londres para o empresário Horace Hardwich (Edward Everet Horton). Certa noite, no hotel onde Horace está hospedado, Jerry apresenta-lhe um novo passo de dança. O barulho do sapateado incomoda a hóspede do andar de baixo, Dale Tremont (Rogers), que sobe para reclamar e quando conhece Jerry, bem… o amor está no ar. Mas, como nem tudo são flores em quase todo romance, algumas confusões e mal-entendidos dificultam a vida dos dois. Típico representante da primeira leva de musicais produzidos por Hollywood, O Picolino foi realizado em um período difícil da economia americana. Filmes como este tinham como objetivo principal “desligar” completamente o espectador de sua dura realidade. E isso, ele consegue com louvor. Fred Astaire aparece sempre de smoking e Ginger Rogers desfila uma coleção inteira de vestidos. Classe é o que não falta. Para ver, rever, sonhar e dançar de rostinho colado.
O PICOLINO (Top Hat – EUA 1935). Direção: Mark Sandrich. Elenco: Fred Astaire, Ginger Rogers, Edward Everet Horton, Helen Broderick, Erik Rhodes e Eric Blore. Duração: 101 minutos. Distribuição: Warner.
Respostas de 2
“Heaven, I’m in Heaven…” impossível não sair nos “céus” após uma sessão d’O Picolino. Capaz até de dançar com a empregada doméstica caso você assista o filme em casa!
Lembro de assistir esse filme quando eu era bem pequeno e de ter ficado embasbacado com os dois dançando juntos, flutuando. Fabuloso.