O Hobbit, escrito por J.R.R. Tolkien e publicado em 1937, é a gênese do universo que viríamos a conhecer anos mais tarde em O Senhor dos Anéis. Suas quase 300 páginas apresentam Bilbo Baggins, Gandalf, além dos anões, dos elfos e o Gollum. E claro, o Um Anel. O cineasta neozelandês Peter Jackson, consagrado pela adaptação da trilogia de O Senhor dos Anéis, lançados entre 2001 e 2003, anunciou em 2008 que produziria a versão cinematográfica de O Hobbit. O filme seria dirigido pelo mexicano Guillermo Del Toro. Uma série de atrasos provocou a saída do diretor e Jackson terminou assumindo o cargo e transformando a saga de Bilbo em uma nova trilogia. Em 2012 foi lançado O Hobbit – Uma Jornada Inesperada. E em 2013 esta segunda parte, O Hobbit – A Desolação de Smaug. Diferente da parte um, que funcionou mais como uma longa introdução, este novo filme é mais dinâmico e desenvolve melhor a ação. Jackson e sua equipe de roteiristas tomaram muitas liberdades em relação ao material original. A tentativa de criar uma conexão direta com os eventos de O Senhor dos Anéis é clara. Inclusive utilizando personagens da outra saga. Bilbo, vivido pelo ator Martin Freeman, precisa cumprir a missão que lhe foi encomendada pelos anões liderados por Thorin (Richard Armitage) e por Gandalf (Ian McKellen): roubar uma jóia que está sob a guarda do dragão Smaug, que tem a voz de Benedict Cumberbatch. Em muitos aspectos bastante superior ao primeiro filme, O Hobbit – A Desolação de Smaug, como todo filme do meio em uma trilogia, “prepara o terreno” para a conclusão da grande aventura de Bilbo, que se chamará O Hobbit – A Batalha dos Cinco Exércitos, prevista para dezembro de 2014.