Quatro anos depois do segundo filme, George Miller retorna ao mundo pós-apocalíptico e distópico que havia criado seis anos antes com este Mad Max: Além da Cúpula do Trovão, terceira aventura do guerreiro da estrada. No filme anterior já não havia resquício da civilização como a conhecemos, dessa feita vemos a cidade de Bartertown, erguida no meio do deserto e governada com pulso firme pela tia Entity (Tina Turner). O roteiro de Miller e Terry Hayes tomou como inspiração a história do romance O Senhor das Moscas, de William Golding, publicado no ano de 1954. Mas isso a partir da segunda metade da trama, quando Max, outra vez vivido por Mel Gibson, é banido de Bartertown e encontra um grupo de crianças selvagens. Há em Mad Max 3 uma nítida divisão que faz com que vejamos dois filmes bem distintos. A primeira metade remete diretamente ao que já havíamos visto anteriormente. Já a outra é mais, digamos assim, bastante desacelerada e apresenta um tom messiânico que destoa por completo do que fora mostrado inicialmente. Apesar de instigante em alguns momentos, esse terceiro filme não conseguiu provocar o mesmo impacto dos demais. Mas o impacto maior foi o de termos que esperar três décadas para uma nova aventura dessa franquia, que veio somente em 2015 com o estupendo Mad Max: Estrada da Fúria.
MAD MAX: ALÉM DA CÚPULA DO TROVÃO (Mad Max Beyond Thunderdome – Austrália 1985). Direção: George Miller e George Ogilvie. Elenco: Mel Gibson, Tina Turner, Bruce Spence, Frank Thring, Angelo Rossitto, Paul Larsson, Angry Anderson e Robert Grubb. Duração: 107 minutos. Distribuição: Warner.