Em Hollywood, boa parte dos aspirantes a diretor começa a carreira no cinema como roteirista. Como foi o caso de Nora Ephron, que escreveu seu primeiro roteiro, para a televisão, em 1973. Dez anos depois, com Silkwood, veio uma indicação ao Oscar, e em 1989, com o enorme sucesso deste Harry e Sally: Feitos Uma Para o Outro, a consagração popular. Ephron passou também a dirigir seus próprios textos. Mas isso é outra história. O foco agora é em Harry e Sally, filme dirigido por Rob Reiner. O filme levanta algumas questões interessantes sobre relacionamentos. Em especial, aquela velha máxima dos opostos que se atraem. Tudo começa, como diz o título original, quando Harry (Billy Crystal) encontra Sally (Meg Ryan). A antipatia entre eles é instantânea, até surgir uma situação, no caso, uma viagem de Chicago para Nova York, que aproxima os dois e que os transformam em grandes amigos e desenvolvem ao longo da década seguinte uma relação que beira a perfeição. O que poderia dar errado? Bem, aqui o dilema aparece quando eles decidem transar. Sexo e amizade torna-se então a grande questão da história. E é o que Harry e Sally, com diálogos inspiradíssimos, um elenco que esbanja química e uma direção que imprime o ritmo certo em todos os momentos procura responder. Ponto alto e marcante: a cena do “orgasmo” no restaurante.
HARRY E SALLY: FEITOS UM PARA O OUTRO (When Harry Met Sally – EUA 1989). Direção: Rob Reiner. Elenco: Billy Crystal, Meg Ryan, Carrie Fisher, Bruno Kirby, Steven Ford, Lisa Jane Persky e Michelle Nicastro. Duração: 96 minutos. Distribuição: Fox.
Uma resposta
O gênero comédia romântica encontra-se meio desgastado ultimamente, aliás, pouco explorado. Como bem ressaltado, Harry e Sally destaca-se pela química dos protagonistas. E o elenco de apoio, com destaque para Carrie Fisher, também contribui. Já vi duas vezes o filme. Acho que é hora de revisitá-lo. Teria ele envelhecido?