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CINEMARDEN VAI AO OSCAR

FORAM OS SUSSURROS QUE ME MATARAM

O crítico de cinema, professor e cineasta curitibano Arthur Tuoto já trabalha com audiovisual desde 2007. Nesse período escreveu, dirigiu e montou oito curtas e três longas experimentais. Foram os Sussurros Que Me Mataram, de 2024, é seu primeiro longa de ficção e o primeiro também a ter lançamento comercial. O filme nos leva a um futuro próximo e distópico onde vemos Ingrid Savoy (Mel Lisboa), uma atriz/celebridade confinada em um quarto de hotel, à espera do início de um reality show do qual participará. Ela tem visões premonitórias e interage apenas com sua empresária (Carla Rodrigues), com o produtor do programa (Otávio Linhares), um fotógrafo (Patrick Sampaio) e um fã (Pedro Gaeta). O mundo fora daquele espaço fechado está em violenta convulsão social. Mas nada disso nos é mostrado. Tuoto retrata essa realidade de maneira conscientemente artificial. Seja pela postura e diálogos do elenco em cena, seja pelos cenários, objetos de cena, iluminação e desenho de som. E é justamente essa artificialidade e esse rigor formal e visual que nos provocam e incomodam na conexão que fazem com nosso presente cada vez mais distante do que é efetivamente real e importante. Foram os Sussurros Que Me Mataram nos leva à reflexão a partir desse teatro de horrores que vemos na tela.     

FORAM OS SUSSURROS QUE ME MATARAM (Brasil 2024). Direção: Arthur Tuoto. Elenco: Mel Lisboa, Carla Rodrigues, Otávio Linhares, Patrick Sampaio, Pedro Gaeta e Isabela Lago. Duração: 75 minutos. Distribuição: Olhar Distribuição.

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