FILME DO DIA

E-BOOK

CINEMARDEN VAI AO OSCAR

ELEMENTOS

Desde 1995, quando revolucionou a animação com o primeiro Toy Story, a Pixar estabeleceu um altíssimo padrão de qualidade que, na maioria das vezes, tem sido mantido. No entanto, sempre que algum novo trabalho supostamente fica abaixo desse “padrão”, não há tolerância pelo “deslize”. Elementos, de Peter Sohn, parece ser a nova “vítima”. Antes de estrear na direção com O Bom Dinossauro, em 2015, Sohn, norte-americano filho de sul-coreanos, trabalhou como animador nos longas de Brad Bird O Gigante de Ferro, Os Incríveis e Ratatouille. Este seu segundo longa tem muito de sua visão de mundo, apesar de o roteiro ter sido escrito por John Hoberg, Kat Likkel e Brenda Hsueh. O filme é uma metáfora à vida de imigrantes de diferentes origens. A ação acontece na Cidade Elemento, habitada por quatro grupos distintos: água, ar, fogo e terra. Há uma regra pétrea nessa megalópole: “elementos não se misturam”. E é bem isso o que vemos ali. Esses grupos, apesar de interagirem sempre que necessário, levam a vida isoladamente mantendo suas rígidas tradições. Porém, o destino faz com que Faísca se envolva com Gota. Em resumo: fogo e água. O amor surge onde menos se espera e no melhor estilo “Romeu e Julieta”. O que esperar de um relacionamento “perigoso” como esse? Peter Sohn trabalha muito bem essas questões que confrontam antigos costumes e preconceitos em uma animação rica em beleza e simbolismos. Não é exagero afirmar que Elementos tem o melhor de dois mundos: entretém e faz pensar. Basta dar uma chance.

ELEMENTOS (Elemental – EUA 2023). Direção: Peter Sohn. Animação. Duração: 109 minutos. Distribuição: Walt Disney Pictures.

COMPARTILHE ESSA POSTAGEM

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

MAIS POSTAGENS

ASSINE E RECEBA NOSSAS ATUALIZAÇÕES