O cineasta Ali Abbasi nasceu, cresceu e se formou no Irã. Todavia, reside na Suécia desde 2002. Mas foi no país vizinho, a Dinamarca, que iniciou seu envolvimento com o cinema. Em 2008 dirigiu seu curta M para Markus na Escola de Cinema da Dinamarca. Oito anos depois fez Shelley, seu primeiro longa, e logo depois Border, filme que lhe deu projeção mundial. Com base em um conto de John Ajvide Lindqvist, o roteiro foi escrito pelo próprio autor junto com o diretor e Isabella Eklöf e nos conta uma história das mais curiosas. Somos apresentados a Tina (Eva Melander). Ela é uma policial que trabalha na imigração e fiscaliza os passageiros e suas bagagens. Trata-se da pessoa ideal para este serviço, uma vez que ela possui um dom especial: seu olfato é bastante apurado, o que se revela de grande utilidade em sua rotina de trabalho. Além disso, Tina é dotado de um instinto mais apurado ainda. Certo dia, um encontro com Vore (Eero Milonoff) desperta nela a possibilidade de ter encontrado alguém semelhante. Border é um filme esquisito. Mas o “esquisito” aqui é um elogio. É difícil que você já tenha visto algo parecido. Abbasi nos conduz por uma trama cheia de boas e surpreendentes reviravoltas. Pode arriscar. Acredito que você não se arrependerá.
BORDER (Gräns – Suécia/Dinamarca 2018). Direção: Ali Abbasi. Elenco: Eva Melander, Eero Milonoff, Jörgen Thorsson, Ann Petrén, Sten Ljunggren, Rakel Wärmländer e Josefin Neldén. Duração: 110 minutos. Distribuição: Arteplex.