O jornalista investigativo e escritor sueco Stieg Larsson morreu prematuramente e não presenciou o sucesso que sua trilogia Millennium obteve em todo o mundo. Antes de ser comprada por Hollywood, os livros foram adaptados em sua terra natal em dois formatos: três filmes para o cinema e uma minissérie para televisão em seis capítulos. O material é o mesmo. A diferença é que a série de TV contém cenas adicionais que não foram utilizadas na montagem cinematográfica. A história do terceiro filme, A Rainha do Castelo de Ar, assim como no livro, começa cerca de dez minutos depois dos eventos mostrados na segunda parte, A Menina Que Brincava Com Fogo. Ambos são dirigidos por Daniel Alfredson e fecham o arco iniciado em Os Homens Que Não Amavam as Mulheres. Diferente dos dois primeiros, onde tínhamos uma estrutura mais próxima de uma aventura policial, essa parte três é um típico filme de tribunal. Lisbeth Salander (Noomi Rapace) é levada a julgamento, acusada de assassinato. Seu passado é revelado e uma grande conspiração se forma em torno dela para mantê-la presa. Mikael Blomkvist (Michael Nyqvist) é o único com condições de ajudá-la. Diferente do primeiro filme, que pode ser visto isoladamente, A Rainha do Castelo de Ar depende das partes um e dois para funcionar. O que não o desmerece em nada. Pelo contrário. Ao final, a sensação que fica é satisfatória e conclusiva.