A franquia cinematográfica de James Bond já existia há sete anos e tinha cinco filmes lançados, todos estrelados por Sean Connery no papel principal. Naquele ano, 1969, Connery se desligou da série e foi substituído pelo modelo australiano George Lazenby nesta nova aventura, 007 A Serviço Secreto de Sua Majestade. Dirigido por Peter Hunt, a partir de um roteiro escrito por Richard Maibaum e Simon Raven, este sexto filme traz algumas novidades. A primeira delas, é claro, um novo ator interpretando o agente. Isso viria a acontecer outras quatro vezes ao longo das décadas seguintes. Porém, a mais interessante dessas mudanças se encontra na revelação de um lado, digamos assim, mais romântico e pessoal de Bond. É verdade que a Spectre está de volta com Blofeld (Telly Savalas) à frente de uma ameaça global. No entanto, temos aqui a forte presença de Tracy (Diana Rigg), sua grande paixão. Poucas vezes esse lado humano de 007 foi explorado nos filmes. A fórmula consagrada de ação constante, belas mulheres e lugares exóticos se repete e funciona muito bem outra vez. Em tempo: há no final da sequência de abertura uma brincadeira metalinguística com o novo Bond quebrando a quarta parede (olhando para a câmera), e fazendo um comentário sobre o Bond anterior. Ter bom humor é sempre uma ótima solução.
007 A SERVIÇO SECRETO DE SUA MAJESTADE (On Her Majesty’s Secret Service – Inglaterra 1969). Direção: Peter Hunt. Elenco: George Lazenby, Diana Rigg, Telly Savalas, Gabriele Ferzetti, Ilse Steppat, Bernard Lee, Lois Maxwell, Desmond Llewelyn e George Baker. Duração: 142 minutos. Distribuição: Warner/MGM.